23 setembro 2006

Lógica de programação 3

Percebi que estava cometendo uma falha terrível: ainda não disse o que é a tal "lógica de programação"! Vamos lá: os computadores que nós usamos hoje em dia são baseados na arquitetura de Von Neumann, inventada por um computeiro fodão da metade do século passado. O importante nisso é que os computadores seguem sempre um ciclo: pega uma instrução da memória, pega os dados necessários, executa a instrução, põe os dados na memória (ou gospe eles na tela, por exemplo) e pega a próxima instrução da memória, continuando nesse ciclo eternamente. Da mesma forma, os programas são escritos em linguagens de programação que acabam, no geral, seguindo mais ou menos o mesmo paradigma (paradigma imperativo, se te interessa saber).

Esse paradigma é uma adaptação direta do conceito de algoritmo. "Algoritmo é uma sequência finita e não ambígua de instruções para solucionar um problema", pra usar a definição altamente didática da Wikipedia. Ou seja, é uma receita que um dia acaba (ainda bem), bem explicadinha (lembre do fato 1 — computadores são burros) que ensina alguém (o computador, por exemplo, mas não necessariamente) a fazer alguma coisa (resolver o tal problema).

O caso é que os programas são algoritmos, escritos em alguma linguagem que o computador entende. Não interessa muito a linguagem, porque todas elas se parecem. Os conceitos usados em uma costumam se aplicar às outras, com pequenas modificações. Uma receita de bolo de chocolate é muito parecida, seja em português, em inglês ou árabe. Com as linguagens de programação é a mesma coisa, com a vantagem que a semelhança entre elas é bem maior do que entre línguas humanas. Conhecendo os princípios básicos, a lógica de programação, fica fácil programar em qualquer linguagem.

Pronto, está explicado. No próximo post vamos fazer o nosso primeiro algoritmo. Aguarde e confie, como diz o glorioso Didi Mocó.

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